Horta do projeto Inova Verde

análise a partir da teoria autopoiética de Maturana

Resumo

Inovações sociais são novos produtos ou serviços que atendem às necessidades sociais e criam novas colaborações sociais. O maior desafio enfrentado no desenvolvimento dessa inovação é a capacidade de sustentação. Por isso, este artigo objetiva investigar a fase de sustentação da horta do projeto Inova Verde a partir das características da autopoiese de Maturana, com destaque para as mudanças estruturais que podem formar o acoplamento estrutural. Utilizou‑se a pesquisa descritiva e o estudo de caso como procedimentos metodológicos. O processo de desenvolvimento da horta compreendeu: projeto de extensão; mobilização de pessoal; autorização de implementação no espaço físico; gestão de design; implementação e comunicação. O acoplamento estrutural por domínio de interações ocorreu por meio da interação das pessoas com a horta, mas também há necessidade de desenvolver os acoplamentos estruturais do grupo e por perturbações mútuas compensáveis. A autonomia foi alcançada visto que a horta tem se sustentado sem interferência dos fundadores, no qual as pessoas utilizam os cultivos, mas pelo observado não realizaram novas semeaduras. Portanto, o acoplamento estrutural é a força motora para a autopoiese do projeto da horta, e ambos dão condições para a existência e longevidade desse. Essa inovação social poderia superar o desafio da fase de sustentação e alcançar a expansão e difusão se o projeto tivesse sido concluído, executando integralmente a etapa de comunicação, o desenvolvimento de uma rede de parceiros e a produção da infraestrutura de bem-estar prevista. Palavras chave: Inovação Social, Autopoiese, Acoplamento Estrutural, Maturana.

Biografia do Autor

Alais Souza Ferreira, Universidade Federal de Santa Catarina
Doutoranda em Gestão de Design, Universidade Federal de Santa Catarina, Programa de Pós-graduação em Design, Núcleo de Abordagem Sistêmica do Design, Florianópolis, Santa Catarina, Brasil, alais.ferreira@live.com.
Larissa Fontoura Berlato, Universidade Federal de Santa Catarina
Doutoranda em Gestão de Design, Universidade Federal de Santa Catarina, Programa de Pós-graduação em Design, Núcleo de Abordagem Sistêmica do Design, Florianópolis, Santa Catarina, Brasil, lari.berlato@gmail.com.
Luiz Fernando Gonçalves de Figueiredo, Universidade Federal de Santa Catarina
Pós-Doutor em Engenharia Sanitária, Universidade Federal de Santa Catarina, Programa de Pós-graduação em Design, Núcleo de Abordagem Sistêmica do Design, Florianópolis, Santa Catarina, Brasil, lffigueiredo2009@gmail.com.
Carina Scandolara da Silva, Universidade Federal de Santa Catarina
Pós-Doutoranda em Design, Universidade Federal de Santa Catarina, Programa de Pós-graduação em Design, Núcleo de Abordagem Sistêmica do Design, Florianópolis, Santa Catarina, Brasil, cariscan@gmail.com.
Aires Jose Rover, Universidade Federal de Santa Catarina
Doutor em Direito, Universidade Federal de Santa Catarina, Programas de Pós-graduação em Direito e em Engenharia e Gestão do Conhecimento, Florianópolis, Santa Catarina, Brasil, aires.rover@gmail.com.
Publicado
2020-08-20